"Westworld"
Lisa Joy e Jonathan Nolan
"Você já questionou a natureza da sua realidade?"
No último domingo (24 de junho) foi ao ar o capítulo final da segunda temporada de "Westworld" e como era de se esperar a série não nos decepcionou, muito pelo contrário, foi além e deixou a deliciosa sensação de que você precisa de mais daquilo.
Se a primeira temporada girou em torno de Dolores e a descoberta de uma consciência, a segunda nos presenteou com o aprofundamento de todos os demais personagens da trama. Deu não somente mais sentido a eles, mas também um nó em quem assistia ao programa, com cada pista dada, e em seguida desviada por uma nova pista, com direito a um episódio brinde em um Japão Feudal para mostrar que o parque pode ter inúmeras realidades.
Porém, o mais interessante entre todos as idas e vindas das tramas, o vai e vem de cada lembrança e acontecimento com Bernard é a capacidade que "Westworld" tem em nos fazer pensar. Não falo de descobrir se Ed Harris é ainda William ou se tornou o anfitrião Homem de Preto ela tem a capacidade de te instigar além disso, te fazendo questionar sua própria natureza e em muitos momentos te faz se perguntar "Não seria eu um anfitrião?".
A trama ainda nos apresenta uma realidade ainda mais cruel, apesar de criados a semelhança dos humanos, os anfitriões mostram uma gama de sentimentos e percepções das mais variadas, mas em sua grande maioria é guiada por amor e liberdade. Já os humanos são guiados única e exclusivamente pela sobrevivência.
Falar ou melhor elogiar "Westworld" é chover no molhado, daria um excelente tcc de sociologia e inteligencia artificial, além das suas referencias incríveis, como em um universo de tamanha tecnologia, os humanos seres codificados em livros que a cada dia se tornam mais raros nas prateleiras, por que pensar se tornou um fardo para o humano. Por isso se faz tão fundamental o questionamento ...
... "Você já questionou a natureza da sua realidade?"
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